O jeito de encarar a morte

 Para: Terça-feira, 13 de junho de 2017

Texto: 2 Coríntios 5.1-5

“O que desejamos é receber o corpo celestial para que a vida faça com que o que é mortal desapareça.” (2Co 5.4)

Existem pessoas que não gostam de falar sobre morte. Fato é que temos a morte dentro de nós e nunca é cedo demais para falar do assunto.

Na Bíblia, quem mais vezes falou sobre a própria morte foi Jesus. Também os apóstolos de Jesus falaram sobre o fato de que iriam morrer. Em certo momento o apóstolo Paulo passou por um aperto tão grande que até pensou que não escaparia com vida. Mas ele escapou com vida.

No capítulo 5 de sua segunda carta aos Coríntios, Paulo nos ensina que ele não era materialista ou niilista. Não era daqueles que pensam, “morreu, acabou”. Ele também mostra que é verdade que a pessoa que morre em Cristo “parte desta para uma melhor”. Paulo faz uma comparação entre a barraca e o edifício. A barraca é frágil e temporária; o edifício é sólido e permanente. Para ele, morrer era bom; era trocar uma barraca por um edifício. Paulo diz mais, em 2 Coríntios 5. Ele surpreende ao dizer que quer morrer. Isso mostra que não tinha medo da morte. Mas Paulo não queria simplesmente se ver livre do corpo. Fosse hoje, jamais seria espírita. Não queria ser uma alma desencarnada. Isso seria como ficar sem roupa. Ele queria ficar vestido, ser revestido. Não queria se livrar do corpo; queria receber o corpo espiritual, “para que a vida faça com que o que é mortal desapareça” (2Co 5.4). Paulo não queria se livrar da vida; ele queria se ver livre da morte. E, em Cristo, a gente mata a morte, morrendo. Para ressuscitar.

O que nos permite essa passagem tão maravilhosa? Seria a força da própria alma imortal? Não. Paulo explica: “E foi Deus quem nos preparou para essa mudança e nos deu o seu Espírito como garantia de tudo o que ele tem para nos dar” (2Co 5.5).

Oremos: Senhor Deus, obrigado pela orientação e pelo consolo diante da morte. Fortalece em nós a certeza de que, com essa mudança, aquilo que é mortal será engolido pela vida. Amém.