Texto: Marcos 15.1-5
“E os chefes dos sacerdotes faziam muitas acusações contra ele” (Mc 15.3).
Jesus, preso, acusado de blasfemar e já condenado à morte pelo Conselho Superior dos judeus, foi levado para o governador romano Pilatos, que era quem poderia aplicar a pena de morte. “E os chefes dos sacerdotes faziam muitas acusações contra ele” (Mc 15.3).
Jesus já havia sido acusado de muitas coisas. Ele fora acusado de transgredir a lei do sábado, de ir contra os ensinos de Moisés, de não cumprir rituais como lavar as mãos, de misturar-se com pessoas de má fama como cobradores de impostos e prostitutas, de não incentivar seus discípulos a jejuar.
Se pensarmos bem, todos nós poderíamos acusar Jesus de algo. Acusá-lo por não cuidar direito do mundo, de permitir a injustiça, de deixar pessoas boas sofrerem. Ou poderíamos simplesmente negar sua divindade, questionar se realmente precisamos de um Salvador, se sua Igreja é realmente necessária.
Diante de Pilatos, “Jesus não disse mais nada, e Pilatos ficou muito admirado com isso”. Ele, o enviado de Deus, tem uma missão e vai cumpri-la. As acusações são todas infundadas, mentirosas, mas a verdade virá. Ele seria morto na cruz. E, no terceiro dia, a verdade é lembrada: ele é a verdade, o caminho, a vida.
Diante das nossas acusações e questionamentos, Jesus novamente aponta para sua missão e cruz. Nossas acusações são como as acusações dos chefes dos sacerdotes. São nossos medos, inseguranças, racionalizações e tentativas de apagar os alertas da consciência sobre Deus e o pecado. São mentiras que tentam aliviar nossa responsabilidade, nosso desamor e afastamento de Deus. E Jesus? O crucificado, vivo, de modo simples e amoroso, aponta para a cruz. Nossas acusações não mudam a verdade do seu amor por nós.
Oremos: Jesus, perdoa-me por tantas acusações e desconfianças sobre ti. Obrigado por tua paciência e amor para comigo. Amém.